RESUMO
Analise e comparação de elementos da “Teoria do Conhecimento” apresentados nas obras dos filósofos René Descartes e David Hume.
ABSTRACT
English:
Analysis and comparison of elements contained in the Theory of Knowledge as presented in the writings of philosophers René Descartes and David Hume.
2. Racionalismo a priori (idealista).
3. Racionalismo a posteriori (empírico).
David Hume[2] separado de Descartes por mais de um século lançou uma teoria contrastante à do seu precursor. Para ele a razão, fonte do conhecimento humano, está limitada à experiência humana, ou seja, o homem é capaz de compreender somente aquilo se evidência empiricamente - “quando analisamos nossos pensamentos ou ideias, por mais complexos ou grandiosos que sejam, sempre verificamos que eles se descompõem em ideias simples copiadas de alguma sensação ou sentimento precedente” [3].
René Descartes, considerado o pai do racionalismo, rompe com o pensamento medieval e apresenta sua teoria do conhecimento e desenvolve seu Método[4] baseado exclusivamente na capacidade racional do ser humano.
As regras básicas do método são:
1. Evidência - Só pode ser aceito como verdadeiro aquilo que é tão claro que não pode ser duvidado. Para chegar à definição de verdade tudo tem que ser submetido à dúvida, Descartes não considera o processo uma imitação dos céticos[5] “que duvidam só por duvidar e fingem ser sempre indecisos” [6], é dúvida radical e construtivo com o propósito de eliminar o falso e o engano (o gênio maligno) para revelar apenas a verdade .
3. Síntese - O pensamento deve ser ordenado e “iniciando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer” [7] até chegar ao conhecimento mais complexo.
4. A última regra é a enumeração, uma revisão racional, repetida várias vezes se necessário for, até tiver “a certeza de nada omitir” [8].
logo em seguida, percebi que, ao mesmo tempo que eu queria pensar que fosse alguma coisa. E, ao notar que esta verdade: eu penso, logo existo, era tão sólida e tão correta que [...] julguei que podia considerá-la, sem escrúpulo algum, o primeiro princípio da filosofia que eu procurava.[10]
quando analisamos nossos pensamentos ou ideias, por mais complexos ou grandiosos que sejam, sempre verificamos que eles se descompõem em ideias simples copiadas de alguma sensação ou sentimento precedente[11].
1. ABBAGNANO, Nicola - Dicionário de Filosofia – Editora Martins Fontes – 5ª ed. 2007.
9. Enciclopédia de Filosofia – disponível em http://encfil.goldeye.info/causalidade.htm. Acesso em 19/04/2009
[1] (1596-1650) Filho de um conselheiro do parlamento da Bretanha, nasceu em La Haye, Tourraine. René Descartes foi criado pela avó materna devido à morte de sua mãe quando ainda era criança. Aos 10 anos de idade foi estudar no Colégio Jesuíta de La Fleche, um dos mais célebres colégios da época. Encanto-se com a matemática e decepcionou-se com o ensino das demais matérias incluindo a Filosofia. Licenciado em Direto (1616) iniciou uma carreira militar, através de uma série de sonhos descobre sua vocação intelectual e o projeto de desenvolver uma nova ciência fundada na razão. Terminado a carreira militar após passar tempo em Paris , instala se na Holanda em 1628 onde permaneceu durante 20 anos. Em 1648 retorna à França e logo em seguida para a Holanda onde enfrenta os defensores do Calvinismo. Aceita posição como tutor da Rainha Cristina da Suécia e morre em Estocolmo vitima de uma pneumonia. Obras principais – Discurso do Método (1637) Meditações (1641) Princípios da Filosofia (1644), As Paixões da Alma (1649).
[2] (1711-1776). Nasceu e completou seus estudos em Edimburgo, Escócia. Preferiu uma carreira em Letras e Filosofia a ser advogado. Hume, como Descartes no século anterior, estuda no colégio de La Fleche e lá redige seu Tratado da Natureza Humana, publicado em Londres em 1739. Ateu é negado uma cátedra de filosofia em Glasgow devido à hostilidade do clero, mas, aceita ser o conservador de uma biblioteca universitária onde continua seus estudos e produção. Após um período como diplomata em Paris retorna à Escócia onde morre em agosto de 1776. Obras incluem Tratado da Natureza Humana (1739), Investigação sobre o entendimento humano (1748) e Diálogos sobre a religião natural (1779).
[3] Citação extraída da apresentação da tele aula do Prof. Frederico Pieper, dia 14.04.2009 – UMESP Filosofia EAD (HUME – Investigações sobre o entendimento humano. seção I, §6)
[4] Método Cartesiano
[5] Os céticos afirmam que o conhecimento é impossível
[6] Os Pensadores – Descartes – p.58
[7] Idem – p. 49
[8] Idem. p. 50
[9] Prof Fred Pieper – UMESP p.38
[10] Os Pensadores – Descartes – p.62
[11] Hume, David - Investigações Sobre o Entendimento Humano. Seção 1 §6
[12] Enciclopédia de Filosofia – Causalidade §5
[13] idem.